quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Nada e Tudo




O grande professor indiano Nisargadatta Maharaj disse uma vez, "A sabedoria diz-me que eu sou nada. O amor diz-me que eu sou tudo. Entre os dois a minha vida flui". "Sou nada" não quer dizer que temos um deserto desolado dentro de nós. Significa sim, que com consciência nós abrimos a um espaço claro e limpido, sem centro ou periferia, onde nada é separado. Se somos nada, não existe absolutamente nada a servir como uma barreira nem limites para a nossa livre expressão do amor. Ao sermos nada, nós somos também, inevitavelmente, tudo. "Tudo" não quer dizer auto-engrandecimento, mas um reconhecimento decisivo da interligação; de que nós não estamos separados. Então ambas as sensações; como o claro espaço aberto do "nada" e o a sua ligação ao "tudo" acordar-nos para a nossa verdadeira natureza.

Esta é a verdade que nós contactamos quando meditamos, um sentido de unidade para além do sofrimento. Está sempre presente; nós meramente necessitamos poder acedê-lo.



Sharon Salzberg, Lovingkindness

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