sábado, 27 de setembro de 2008

Crescimento Responsável




Nós não somos crianças inocentes vitimazadas por um mundo grande e mau. Se o nosso mundo é grande e mau, somos nós que o fazemos desta forma. Isto é o que Buddha ensinou. O "outro" é o papão da criança, é a projeção dos nossos próprios medos em relação a algo horrível existente na nossa imaginação, que por sua vez nos aterroriza. Nossa ignorância é não vermos que somos o outro. Nós não podemos permitir confundir inocência com esta ignorância. A violência não é um objecto permanente, imutável e fixo. É um estado de mente, uma expressão da ignorância, que não é mais sólido do que uma nuvem. Nós não podemos fazer um ataque frontal à violência. Mesmo proteger-nos da sua existência, ela continua a ser um papão. Mas o Buddha ensinou que podemos mudar. Esta é a boa notícia que ele nos trouxe: que existe uma maneira de aliviar os sofrimento e esta é libertar as nossas mentes de avareza, raiva e ignorância. Mas até nós apreendermos as maneiras em que nós somos as bombas e os ursos de bebês, as vítimas e os violadores, vamos continuar a culpar a "eles", enquanto proclamamos a nossa inocência e escapando das nossas responsabilidades.
Helen Tworkov, Tricycle: The Buddhist Review, Vol. V, #1

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