
Quando começamos praticar meditação, podemos bem pensar que não temos nenhuma escolha sobre como experimentamos o sofrimento. Podemos ter algum problema no nosso passado ou na nossa situação actual que parece que só pode ser compreendido como uma dor rígida— uma história abusiva por parte da família, um casamento tortuoso, adversidades económicas, um acto hediondo feito a nós, uma criança incapacitada cuja aflição nos quebra o coração. Mas se nos dermos à possibilidade investigar o nosso sofrimento mais profundamente, descobriremos que estar "com" a nossa dor pode levar à sabedoria e à felicidade. O acontecimento ou as circunstâncias não perdem por si só o seu desagrado ou sua qualidade infeliz, mas ao passar por elas conscientemente chegamos a um estado da mente pacífico e luminoso.